Josiamare Aparecida Otoni Spira, E. Borges, Paula Gabriela Ribeiro Andrade, Cristiane Rabelo Lisboa, V. L. Lima
Introdução: Úlceras da perna são uma das complicações da doença falciforme (DF), sua prevalência varia com a idade, tipo de doença e geograficamente, sendo 18,6% em Ghana, 3,5% na Itália e 2,4% nos Estados Unidos. Em Minas Gerais (Brasil), um pequeno estudo com pessoas com DF identificou uma prevalência de úlceras da perna de 5%. Objetivo: Estimar a prevalência de pessoas com úlceras da perna decorrente da DF no estado de Minas Gerais. Material e método: Estudo transversal, com realização do censo da população, tendo como referência 5.379 pessoas com DF, maiores de 18 anos e cadastradas nos 11 centros da Fundação Hemominas distribuídos em Minas Gerais. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa nos pareceres n° 08052818.3.0000.5149 e 08052818.3.3001.5118. Resultados: A prevalência estimada de úlcera da perna decorrente da DF em Minas Gerais foi de 1,4%. Dos participantes do estudo, 88,9% eram naturais de Minas Gerais, 54,2% solteiras, 48,6% se declararam negras e outras 48,6% pardas, com idade média de 39 anos (mínimo de 18 e máximo de 64), 72,2% residiam em casa própria, 88,9% tinham água tratada, 75%, rede de esgoto e 87,5% coleta de lixo. Dos entrevistados, 36,1% eram aposentados, 61,1% tinham renda de um salário-mínimo, a mediana de anos de estudo foi de 10,5 (Quartil 1 = 5,00 e Quartil 3 = 11,00), 2,8% ensino superior completo, 29,2% relataram as repercussões clínicas da doença como o principal motivo para interrupção dos estudos. Quanto às atividades de lazer, 50% citaram a igreja como atividade preferencial e 41,7% assistir televisão. Em relação às variáveis clínicas, a DF do tipo HbSS, 91,7%, foi predominante, 80,6% não ingeriam bebida alcoólica e 79,2% negaram tabagismo. A úlcera era única em 59,7% das pessoas, 77,8% das úlceras ativas eram redicivantes e a mediana do tempo de existência da úlcera foi de 3 anos (Quartil 1 = 0,53 e quartil 3 = 7,7). Conclusão: A prevalência estimada foi inferior aos dados identificados na literatura, entretanto, o número de recidiva e o tempo de existência da úlcera eram elevados, dados que devem ser investigados em novos estudos.
{"title":"DOENÇA FALCIFORME: PREVALÊNCIA DE PESSOAS COM ÚLCERA DA PERNA EM MINAS GERAIS","authors":"Josiamare Aparecida Otoni Spira, E. Borges, Paula Gabriela Ribeiro Andrade, Cristiane Rabelo Lisboa, V. L. Lima","doi":"10.51161/hematoclil/46","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/46","url":null,"abstract":"Introdução: Úlceras da perna são uma das complicações da doença falciforme (DF), sua prevalência varia com a idade, tipo de doença e geograficamente, sendo 18,6% em Ghana, 3,5% na Itália e 2,4% nos Estados Unidos. Em Minas Gerais (Brasil), um pequeno estudo com pessoas com DF identificou uma prevalência de úlceras da perna de 5%. Objetivo: Estimar a prevalência de pessoas com úlceras da perna decorrente da DF no estado de Minas Gerais. Material e método: Estudo transversal, com realização do censo da população, tendo como referência 5.379 pessoas com DF, maiores de 18 anos e cadastradas nos 11 centros da Fundação Hemominas distribuídos em Minas Gerais. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa nos pareceres n° 08052818.3.0000.5149 e 08052818.3.3001.5118. Resultados: A prevalência estimada de úlcera da perna decorrente da DF em Minas Gerais foi de 1,4%. Dos participantes do estudo, 88,9% eram naturais de Minas Gerais, 54,2% solteiras, 48,6% se declararam negras e outras 48,6% pardas, com idade média de 39 anos (mínimo de 18 e máximo de 64), 72,2% residiam em casa própria, 88,9% tinham água tratada, 75%, rede de esgoto e 87,5% coleta de lixo. Dos entrevistados, 36,1% eram aposentados, 61,1% tinham renda de um salário-mínimo, a mediana de anos de estudo foi de 10,5 (Quartil 1 = 5,00 e Quartil 3 = 11,00), 2,8% ensino superior completo, 29,2% relataram as repercussões clínicas da doença como o principal motivo para interrupção dos estudos. Quanto às atividades de lazer, 50% citaram a igreja como atividade preferencial e 41,7% assistir televisão. Em relação às variáveis clínicas, a DF do tipo HbSS, 91,7%, foi predominante, 80,6% não ingeriam bebida alcoólica e 79,2% negaram tabagismo. A úlcera era única em 59,7% das pessoas, 77,8% das úlceras ativas eram redicivantes e a mediana do tempo de existência da úlcera foi de 3 anos (Quartil 1 = 0,53 e quartil 3 = 7,7). Conclusão: A prevalência estimada foi inferior aos dados identificados na literatura, entretanto, o número de recidiva e o tempo de existência da úlcera eram elevados, dados que devem ser investigados em novos estudos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129396834","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. B. D. S. Brasil, Matteus Gomes De Oliveira, Luis Felipe da Silva Alves Carneiro, Osmar Júnior Da Silva Silva, Josuelem Portela Castro
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença endêmica brasileira, com origem histórica advinda da região Nordeste, tendo importante incidência estimada de 500.000 casos e 50.000 mortes por ano no mundo inteiro. A patologia se caracteriza pela infecção do sistema fagocítico mononuclear (SFM) a partir do protozoário intracelular obrigatório Leishmania chagasi (no Brasil), tendo como agente de transmissão os flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. As manifestações hematológicas são amplas e de importância clínica, tendo como principais características anemia e neutropenia sempre presentes. Objetivo: Evidenciar os aspectos hematológicos adquiridos por meio do quadro de leishmaniose visceral e expor as conclusões chegadas a partir da pesquisa. Metodologia: O levantamento da bibliografia foi realizado usando os bancos de dados científicos PubMed e SciELO. Foram usados os seguintes descritores para se desenvolver o seguinte trabalho, tanto em língua portuguesa, como inglesa: “visceral leishmaniasis”, “anemia”, “thrombocytopenia” e “leukopenia”. Resultados: É encontrado na literatura que as manifestações hematológicas da LV se apresentam principalmente com pancitopenia, fibrinólise, hemólise, entre outras que estão diretamente ligadas a fisiopatogenia da doença ao se considerar que a medula óssea ,neste quadro, se encontra altamente parasitada e com aspecto celular hiperplásico. O sequestro esplênico, por vezes, se encontra associado a anemia característica, apesar de ser eminentemente multifatorial. Conclusão: Chega-se a dedução, portanto, de que alguns aspectos hematológicos podem resultar em aumento da letalidade para a leishmaniose visceral. Mesmo que haja a possibilidade de se identificar as alterações por meio de exames complementares, é essencial se ter atenção para as manifestações clínicas e histórico pessoal, para se ter uma abordagem terapêutica efetiva no âmbito do tempo e farmacológico.
{"title":"LEISHMANIOSE VISCERAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS HEMATOLÓGICAS.","authors":"S. B. D. S. Brasil, Matteus Gomes De Oliveira, Luis Felipe da Silva Alves Carneiro, Osmar Júnior Da Silva Silva, Josuelem Portela Castro","doi":"10.51161/hematoclil/130","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/130","url":null,"abstract":"Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença endêmica brasileira, com origem histórica advinda da região Nordeste, tendo importante incidência estimada de 500.000 casos e 50.000 mortes por ano no mundo inteiro. A patologia se caracteriza pela infecção do sistema fagocítico mononuclear (SFM) a partir do protozoário intracelular obrigatório Leishmania chagasi (no Brasil), tendo como agente de transmissão os flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. As manifestações hematológicas são amplas e de importância clínica, tendo como principais características anemia e neutropenia sempre presentes. Objetivo: Evidenciar os aspectos hematológicos adquiridos por meio do quadro de leishmaniose visceral e expor as conclusões chegadas a partir da pesquisa. Metodologia: O levantamento da bibliografia foi realizado usando os bancos de dados científicos PubMed e SciELO. Foram usados os seguintes descritores para se desenvolver o seguinte trabalho, tanto em língua portuguesa, como inglesa: “visceral leishmaniasis”, “anemia”, “thrombocytopenia” e “leukopenia”. Resultados: É encontrado na literatura que as manifestações hematológicas da LV se apresentam principalmente com pancitopenia, fibrinólise, hemólise, entre outras que estão diretamente ligadas a fisiopatogenia da doença ao se considerar que a medula óssea ,neste quadro, se encontra altamente parasitada e com aspecto celular hiperplásico. O sequestro esplênico, por vezes, se encontra associado a anemia característica, apesar de ser eminentemente multifatorial. Conclusão: Chega-se a dedução, portanto, de que alguns aspectos hematológicos podem resultar em aumento da letalidade para a leishmaniose visceral. Mesmo que haja a possibilidade de se identificar as alterações por meio de exames complementares, é essencial se ter atenção para as manifestações clínicas e histórico pessoal, para se ter uma abordagem terapêutica efetiva no âmbito do tempo e farmacológico.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127460926","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, A. Teles, Eduarda Sousa Machado, M. C. G. D. O. Lima, Aline Diogo Marinho
INTRODUÇÃO: Linfoma de Hodgkin (LH) é uma das principais neoplasias hematológicas. Com o esquema atual de quimioterapia, doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina (ABVD), mais de 80% dos pacientes tem aumento da sobrevida. Devido às altas taxas de resposta, os estudos visam esquemas menos tóxicos, haja vista que uma parcela importante dos pacientes diagnosticados são jovens, e estes efeitos tóxicos dos quimioterápicos podem ocasionar uma diminuição da qualidade de vida. OBJETIVOS: Breve revisão sobre os avanços da imunoterapia no tratamento do LH, com grande potencial para a redução dos efeitos tardios da quimioterapia. MÉTODOS: Revisão narrativa com busca na plataforma PubMed com os descritores classical hodgkin lymphoma e immune therapy. Como critério de inclusão, artigos publicados até 5 anos e de língua inglesa e excluídos aqueles que não contemplavam a imunoterapia ou ensaios clínicos. RESULTADOS: Selecionamos os 12 artigos considerados mais relevantes. Foram analisadas as drogas como monoterapia ou em associação com quimioterapia. Pembrolizumabe, anti-PD-1, mostrou efetivo tanto em pacientes não previamente tratados no grupo inicial desfavorável quanto avançado após tratamento com AVD. Mostrou-se efetivo no controle do LH refratário independente do tratamento prévio, inclusive em casos de pacientes pós transplante autólogo. Tislelizumabe, novo inibidor de PD-1, mostrou-se também eficaz na sustentação da resposta em pacientes com LH refratário ou recidivado. Brentuximabe vedotin, um anti-CD30, é anticorpo já utilizado em caso de LH refratário, porém com potencial de se tornar terapia de primeira escolha em pacientes não tratados, substituindo a bleomicina no esquema ABVD. Também em associação com nivolumabe, anti-PD-1, como droga de resgate para pacientes refratários. Nivolumabe pode ser usado em monoterapia em pacientes refratários a outros tratamentos e possui potencial para substituir bleomicina no esquema ABVD tanto em estágio inicial desfavorável como em estágio avançado. Avelumabe, um anti-PD-1, também mostrou potencial em pacientes com LH refratário à quimioterapia. CONCLUSÃO: A imunoterapia possui grande potencial no tratamento do LH e estudos mais robustos auxiliarão na implementação adequada dessa terapêutica.
{"title":"O PAPEL DA IMUNOTERAPIA NO TRATAMENTO DO LINFOMA DE HODGKIN: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, A. Teles, Eduarda Sousa Machado, M. C. G. D. O. Lima, Aline Diogo Marinho","doi":"10.51161/hematoclil/33","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/33","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: Linfoma de Hodgkin (LH) é uma das principais neoplasias hematológicas. Com o esquema atual de quimioterapia, doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina (ABVD), mais de 80% dos pacientes tem aumento da sobrevida. Devido às altas taxas de resposta, os estudos visam esquemas menos tóxicos, haja vista que uma parcela importante dos pacientes diagnosticados são jovens, e estes efeitos tóxicos dos quimioterápicos podem ocasionar uma diminuição da qualidade de vida. OBJETIVOS: Breve revisão sobre os avanços da imunoterapia no tratamento do LH, com grande potencial para a redução dos efeitos tardios da quimioterapia. MÉTODOS: Revisão narrativa com busca na plataforma PubMed com os descritores classical hodgkin lymphoma e immune therapy. Como critério de inclusão, artigos publicados até 5 anos e de língua inglesa e excluídos aqueles que não contemplavam a imunoterapia ou ensaios clínicos. RESULTADOS: Selecionamos os 12 artigos considerados mais relevantes. Foram analisadas as drogas como monoterapia ou em associação com quimioterapia. Pembrolizumabe, anti-PD-1, mostrou efetivo tanto em pacientes não previamente tratados no grupo inicial desfavorável quanto avançado após tratamento com AVD. Mostrou-se efetivo no controle do LH refratário independente do tratamento prévio, inclusive em casos de pacientes pós transplante autólogo. Tislelizumabe, novo inibidor de PD-1, mostrou-se também eficaz na sustentação da resposta em pacientes com LH refratário ou recidivado. Brentuximabe vedotin, um anti-CD30, é anticorpo já utilizado em caso de LH refratário, porém com potencial de se tornar terapia de primeira escolha em pacientes não tratados, substituindo a bleomicina no esquema ABVD. Também em associação com nivolumabe, anti-PD-1, como droga de resgate para pacientes refratários. Nivolumabe pode ser usado em monoterapia em pacientes refratários a outros tratamentos e possui potencial para substituir bleomicina no esquema ABVD tanto em estágio inicial desfavorável como em estágio avançado. Avelumabe, um anti-PD-1, também mostrou potencial em pacientes com LH refratário à quimioterapia. CONCLUSÃO: A imunoterapia possui grande potencial no tratamento do LH e estudos mais robustos auxiliarão na implementação adequada dessa terapêutica.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125571470","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Clara Pires Campos, A. Barbosa, Jéssyka Viana Valadares Franco, Gabriela Fernandes Ribeiro, Carla Caroline Figueira de Oliveira
Introdução: A infecção pelo SARS-CoV-2, têm se mostrado mundialmente perigosa, especialmente para grupos mais vulneráveis. Nesse cenário, pacientes de COVID-19 que apresentam neoplasias hematológicas se mostram mais propícios a um desfecho de quadro mais agressivo ou fatal. Objetivos: Verificar se um histórico de Neoplasia Hematológica (NH) está associado a uma maior taxa de gravidade e de mortalidade em pacientes da COVID-19. Material e métodos: Neste estudo analítico descritivo, foram coletados dados de artigos originais referentes a pesquisas relacionadas à COVID-19, contendo informações a respeito do desenvolvimento do quadro da doença em pacientes acometidos por neoplasias hematológicas. Para critério de inclusão, utilizou-se trabalhos publicados nos anos de 2020 e 2021 nas plataformas Scielo e PubMed, e os termos HEMATOLOGIA, NEOPLASIA HEMATOLÓGICA e COVID-19 foram usados para as buscas. Resultados: Dentre os diversos métodos de pesquisa analisados, há a convergência acerca da maior taxa de ocorrência de mortalidade, e de casos graves, da doença em pacientes que também possuíam neoplasias hematológicas do que na população geral afetada por esse mal; assim como quando comparados com pacientes de neoplasias hematológicas não infectados pelo vírus. A presença do câncer hematológico quando comparada a de tumores sólidos, se mostrou mais fatal, com taxa de mortalidade de 41% e 17%, respectivamente, em estudos com amostragem pequena o que torna a comparação ainda controversa. A maior susceptibilidade de infecção por COVID-19 dos pacientes de Neoplasias Hematológicas não é abordada com profundidade nos resultados, embora seja referida uma menor contagem de plaquetas e hemoglobinas nos pacientes quando infectados, e o prognóstico desses pacientes ainda passa por estudos. É destacado também, que pacientes não tratados contra a malignidade, possuíam mais chance de sobrevivência à infecção pelo SARS-CoV-2 quando comparados aos pacientes que estavam em tratamento, ou passaram por algum tipo de tratamento recente. Conclusão: O risco acentuado de desfecho desfavorável para um paciente com Neoplasia Hematológica frente a COVID-19, mostra a necessidade da manutenção de estratégias preventivas de infecções até a efetivação de um tratamento, mesmo no atual cenário vacinal.
{"title":"IMPACTO DE NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS NA GRAVIDADE E MORTALIDADE DE PACIENTES COM COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Letícia Clara Pires Campos, A. Barbosa, Jéssyka Viana Valadares Franco, Gabriela Fernandes Ribeiro, Carla Caroline Figueira de Oliveira","doi":"10.51161/hematoclil/78","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/78","url":null,"abstract":"Introdução: A infecção pelo SARS-CoV-2, têm se mostrado mundialmente perigosa, especialmente para grupos mais vulneráveis. Nesse cenário, pacientes de COVID-19 que apresentam neoplasias hematológicas se mostram mais propícios a um desfecho de quadro mais agressivo ou fatal. Objetivos: Verificar se um histórico de Neoplasia Hematológica (NH) está associado a uma maior taxa de gravidade e de mortalidade em pacientes da COVID-19. Material e métodos: Neste estudo analítico descritivo, foram coletados dados de artigos originais referentes a pesquisas relacionadas à COVID-19, contendo informações a respeito do desenvolvimento do quadro da doença em pacientes acometidos por neoplasias hematológicas. Para critério de inclusão, utilizou-se trabalhos publicados nos anos de 2020 e 2021 nas plataformas Scielo e PubMed, e os termos HEMATOLOGIA, NEOPLASIA HEMATOLÓGICA e COVID-19 foram usados para as buscas. Resultados: Dentre os diversos métodos de pesquisa analisados, há a convergência acerca da maior taxa de ocorrência de mortalidade, e de casos graves, da doença em pacientes que também possuíam neoplasias hematológicas do que na população geral afetada por esse mal; assim como quando comparados com pacientes de neoplasias hematológicas não infectados pelo vírus. A presença do câncer hematológico quando comparada a de tumores sólidos, se mostrou mais fatal, com taxa de mortalidade de 41% e 17%, respectivamente, em estudos com amostragem pequena o que torna a comparação ainda controversa. A maior susceptibilidade de infecção por COVID-19 dos pacientes de Neoplasias Hematológicas não é abordada com profundidade nos resultados, embora seja referida uma menor contagem de plaquetas e hemoglobinas nos pacientes quando infectados, e o prognóstico desses pacientes ainda passa por estudos. É destacado também, que pacientes não tratados contra a malignidade, possuíam mais chance de sobrevivência à infecção pelo SARS-CoV-2 quando comparados aos pacientes que estavam em tratamento, ou passaram por algum tipo de tratamento recente. Conclusão: O risco acentuado de desfecho desfavorável para um paciente com Neoplasia Hematológica frente a COVID-19, mostra a necessidade da manutenção de estratégias preventivas de infecções até a efetivação de um tratamento, mesmo no atual cenário vacinal.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"128 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123391864","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esther Carneiro Costa, Sarah Teixeira Almeida, Giovanna Matias Duarte, Letícia Santiago Capistrano
Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária e autossômica, caracterizada por uma alteração na estrutura da hemoglobina. Nesse espectro, tem-se a anemia falciforme, que requer a transmissão genética materna e paterna. A falcização modifica o fluxo sanguíneo e aumenta a adesão dos eritrócitos ao endotélio vascular, o que pode provocar estase, causando inúmeras complicações nos pacientes falcêmicos. Dentre elas, a crise de sequestro esplênico aguda é de grande gravidade, resultante do aprisionamento das células falciformes no baço. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura reconhecendo a crise de sequestro esplênico como importante causador de morbimortalidade na anemia falciforme. Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 11 periódicos publicados entre 2013 e 2020. Destes, foram selecionados sete (7), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “Anemia Falciforme” e “Infarto esplênico”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: O sequestro esplênico possui instalação súbita, associado a queda rápida da concentração sanguínea de hemoglobina, com potencial evolução para choque hipovolêmico e morte se não tratado rapidamente. Destarte, a clínica é caracterizada por mal-estar, dor abdominal, sudorese, taquicardia e taquipneia, apresentando, além disso, intensa palidez e esplenomegalia, visualizados no exame físico. Diante disso, o manejo tem o fito de restituir a hemoglobina ao seu valor normal, mediante hidratação venosa e transfusão de hemácias. Ademais, estudos mostram que quase metade dos casos de sequestro esplênico reincidem, sendo, portanto, recomendada a realização da esplenectomia nos pacientes, pois o baço removido é hipofuncionante e a cirurgia não aumenta o risco de infecções já vigentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que o sequestro esplênico é uma das intercorrências mais relevantes nas crianças com anemia falciforme, sendo necessárias medidas de educação precoce dos pais desses pacientes, com o fito de identificar os sinais e sintomas antecipadamente e prevenir a morbimortalidade dessa complicação.
{"title":"CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DA CRISE DE SEQUESTRO ESPLÊNICO COMO COMPLICAÇÃO DA ANEMIA FALCIFORME","authors":"Esther Carneiro Costa, Sarah Teixeira Almeida, Giovanna Matias Duarte, Letícia Santiago Capistrano","doi":"10.51161/hematoclil/84","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/84","url":null,"abstract":"Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária e autossômica, caracterizada por uma alteração na estrutura da hemoglobina. Nesse espectro, tem-se a anemia falciforme, que requer a transmissão genética materna e paterna. A falcização modifica o fluxo sanguíneo e aumenta a adesão dos eritrócitos ao endotélio vascular, o que pode provocar estase, causando inúmeras complicações nos pacientes falcêmicos. Dentre elas, a crise de sequestro esplênico aguda é de grande gravidade, resultante do aprisionamento das células falciformes no baço. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura reconhecendo a crise de sequestro esplênico como importante causador de morbimortalidade na anemia falciforme. Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 11 periódicos publicados entre 2013 e 2020. Destes, foram selecionados sete (7), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “Anemia Falciforme” e “Infarto esplênico”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: O sequestro esplênico possui instalação súbita, associado a queda rápida da concentração sanguínea de hemoglobina, com potencial evolução para choque hipovolêmico e morte se não tratado rapidamente. Destarte, a clínica é caracterizada por mal-estar, dor abdominal, sudorese, taquicardia e taquipneia, apresentando, além disso, intensa palidez e esplenomegalia, visualizados no exame físico. Diante disso, o manejo tem o fito de restituir a hemoglobina ao seu valor normal, mediante hidratação venosa e transfusão de hemácias. Ademais, estudos mostram que quase metade dos casos de sequestro esplênico reincidem, sendo, portanto, recomendada a realização da esplenectomia nos pacientes, pois o baço removido é hipofuncionante e a cirurgia não aumenta o risco de infecções já vigentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que o sequestro esplênico é uma das intercorrências mais relevantes nas crianças com anemia falciforme, sendo necessárias medidas de educação precoce dos pais desses pacientes, com o fito de identificar os sinais e sintomas antecipadamente e prevenir a morbimortalidade dessa complicação.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131404721","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A trombose é uma doença causada por obstrução de um vaso sanguíneo, decorrente de coágulos, uma vez que, 90% dos casos acometem membros inferiores, caracterizando-se assim, em Trombose Venosa Profunda, sendo esta, considerada a terceira maior causa de doença vascular que na maior parte das vezes está relacionada ao uso de contraceptivos hormonais por mulheres em idade fértil, apresentando, alta morbimortalidade e complicações como síndrome pós-trombótica e até mesmo embolia pulmonar e quanto a sua relação ao uso desses hormônios (estrogênios e progesteronas), o risco de trombose ocorre devido o mecanismo de primeira passagem pelo fígado, uma vez que, os fatores coagulantes e anticoagulantes são sintetizados nesse órgão, podendo assim alterar a hemostasia vascular. Objetivo: Demonstrar a relação entre trombose venosa profunda e o uso de contraceptivos orais. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, realizada em janeiro de 2022, que utilizou as bases de dados do Google Acadêmico e LILACS, através das palavras chave, deep venous thrombosis and contraceptives, entre os anos de 2018 e 2022, optou-se por estudos brasileiros, em idioma português e disponíveis para download. Resultados: Dos 77 estudos encontrados, 03 destes foram selecionados, por apresentarem informações relevantes quanto ao objetivo do estudo. Observou-se ao longo dos anos, uma redução nas doses e desenvolvimento de novos contraceptivos, com intuito de eliminar o risco de trombose, no entanto, houve apenas uma redução na incidência e em análise, estudos apontam que o evento trombótico relacionado ao uso de anticoncepcionais é baixo, visto que, estimativas apontam a ocorrência entre 8 a 10/10.000 mulheres expostas por anos e quanto aos fatores de risco um estudo demonstrou que mulheres predispostas a desenvolverem a doença ao uso dessa classe de medicamentos é aumentado naquelas com histórico de trombose venosa superficial ou com idade ≥ a 50 anos. Conclusão: Comprovadamente o uso de contraceptivos orais podem causar trombose venosa profunda e apesar de sua baixa ocorrência, o risco é eminente, em consideração a isso, é de grande importância a implementação de outros métodos contraceptivos, principalmente no âmbito do SUS, que apresentem melhor custo benefício e acessibilidade.
简介:血栓形成是一种由血栓引起的血管,阻塞,因为90%的下肢,广场,在深静脉血栓形成的方式,这被认为是第三大的血管疾病大部分是使用激素避孕的育龄妇女,介绍,高发病率和并发症-trombótica甚至肺栓塞后综合征和多关系使用那些荷尔蒙(雌激素和孕酮),血栓形成的风险是由于肝机制第一遍,因为凝血和抗凝血剂是合成因素那血管接触的器官,可以改变。摘要目的:探讨深静脉血栓形成与口服避孕药使用的关系。材料和方法:这是一个涉及文学叙事,在2022年1月,谷歌学术数据库,并使用LILACS通过关键词,the deep venous thrombosis, contraceptives 2018年到2022年之间,选择了在巴西葡萄牙语的研究和可供下载。结果:在发现的77项研究中,有03项被选中,因为它们提供了与研究目的相关的信息。指出,多年来,减少剂量和开发新的避孕方法,以消除血栓形成的风险,然而,只有减少发病率和相关分析,研究表明,血栓事件使用避孕是低的,因为据估计,每年有8至10/ 10,000名妇女暴露于这种疾病,就危险因素而言,一项研究表明,有浅表静脉血栓病史或年龄≥50岁的妇女易因使用这类药物而患上这种疾病。结论:证明使用口服避孕药能导致深静脉血栓形成和低发生,尽管他的显赫,考虑风险,并在实施过程中是非常重要的其他避孕方法,主要是在猜测,能给予更好的成本效益和可访问性。
{"title":"TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM MULHERES PELO USO DE CONTRACEPTIVOS ORAIS: UMA REVISÃO NARRATIVA","authors":"E. Silva","doi":"10.51161/hematoclil/39","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/39","url":null,"abstract":"Introdução: A trombose é uma doença causada por obstrução de um vaso sanguíneo, decorrente de coágulos, uma vez que, 90% dos casos acometem membros inferiores, caracterizando-se assim, em Trombose Venosa Profunda, sendo esta, considerada a terceira maior causa de doença vascular que na maior parte das vezes está relacionada ao uso de contraceptivos hormonais por mulheres em idade fértil, apresentando, alta morbimortalidade e complicações como síndrome pós-trombótica e até mesmo embolia pulmonar e quanto a sua relação ao uso desses hormônios (estrogênios e progesteronas), o risco de trombose ocorre devido o mecanismo de primeira passagem pelo fígado, uma vez que, os fatores coagulantes e anticoagulantes são sintetizados nesse órgão, podendo assim alterar a hemostasia vascular. Objetivo: Demonstrar a relação entre trombose venosa profunda e o uso de contraceptivos orais. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, realizada em janeiro de 2022, que utilizou as bases de dados do Google Acadêmico e LILACS, através das palavras chave, deep venous thrombosis and contraceptives, entre os anos de 2018 e 2022, optou-se por estudos brasileiros, em idioma português e disponíveis para download. Resultados: Dos 77 estudos encontrados, 03 destes foram selecionados, por apresentarem informações relevantes quanto ao objetivo do estudo. Observou-se ao longo dos anos, uma redução nas doses e desenvolvimento de novos contraceptivos, com intuito de eliminar o risco de trombose, no entanto, houve apenas uma redução na incidência e em análise, estudos apontam que o evento trombótico relacionado ao uso de anticoncepcionais é baixo, visto que, estimativas apontam a ocorrência entre 8 a 10/10.000 mulheres expostas por anos e quanto aos fatores de risco um estudo demonstrou que mulheres predispostas a desenvolverem a doença ao uso dessa classe de medicamentos é aumentado naquelas com histórico de trombose venosa superficial ou com idade ≥ a 50 anos. Conclusão: Comprovadamente o uso de contraceptivos orais podem causar trombose venosa profunda e apesar de sua baixa ocorrência, o risco é eminente, em consideração a isso, é de grande importância a implementação de outros métodos contraceptivos, principalmente no âmbito do SUS, que apresentem melhor custo benefício e acessibilidade.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126510500","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma patologia crônica com alta mortalidade nos primeiros 5 anos de vida. Contudo, devido às estratégias de prevenção, tal qual a utilização do doppler transcraniano (DTC), houve importante redução da quantidade de óbitos registrados. Objetivo: descrever os benefícios do uso do doppler transcraniano em crianças brasileiras na prevenção de complicações da anemia falciforme. Materiais e métodos: trata-se de uma revisão de literatura feita através da busca bibliográfica nas bases de dados: Scielo, Lilacs e Uptodate. Os descritores utilizados são: “doppler transcraniano” e “anemia falciforme”. Encontrados 23 artigos, 9 foram descartados por não se relacionarem diretamente com a temática ou não possuírem seus textos disponibilizados na íntegra. No presente trabalho, estão incluídos os artigos publicados há menos de 20 anos que abordassem sobre mortalidade na AF e os benefícios do uso do DTC na prevenção das complicações da doença. Resultados: utilizando como critério a avaliação da velocidade de fluxo de artérias cerebrais, o DTC permite identificar o risco aumentado para AVE e infarto cerebral silencioso quando a velocidade está acima de 170 cm/s. Dos 14 artigos analisados, a amostra pediátrica com AF submetida ao DTC foi de 2854. Dessas crianças, 411 foram classificadas com velocidade de risco, e 179 delas evoluíram para AVE, demonstrando 43% de chance para ocorrência dessa morbidade. Essa avaliação permite selecionar quais serão os pacientes candidatos a receber transfusões sanguíneas de longo prazo, ou que se beneficiarão com o uso de hidroxiureia. Conclusão: o exame apresentado é um método de triagem que deve ser usado na identificação de pacientes que possam evoluir com alterações vasculares, permitindo uma atuação na prevenção dessas complicações.
{"title":"DOPPLER TRANSCRANIANO EM CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Rafaela Andrade Correia, J. Freitas, Isadora Morais Almeida, Júlia Libarino Pontes Pimentel Santos","doi":"10.51161/hematoclil/68","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/68","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma patologia crônica com alta mortalidade nos primeiros 5 anos de vida. Contudo, devido às estratégias de prevenção, tal qual a utilização do doppler transcraniano (DTC), houve importante redução da quantidade de óbitos registrados. Objetivo: descrever os benefícios do uso do doppler transcraniano em crianças brasileiras na prevenção de complicações da anemia falciforme. Materiais e métodos: trata-se de uma revisão de literatura feita através da busca bibliográfica nas bases de dados: Scielo, Lilacs e Uptodate. Os descritores utilizados são: “doppler transcraniano” e “anemia falciforme”. Encontrados 23 artigos, 9 foram descartados por não se relacionarem diretamente com a temática ou não possuírem seus textos disponibilizados na íntegra. No presente trabalho, estão incluídos os artigos publicados há menos de 20 anos que abordassem sobre mortalidade na AF e os benefícios do uso do DTC na prevenção das complicações da doença. Resultados: utilizando como critério a avaliação da velocidade de fluxo de artérias cerebrais, o DTC permite identificar o risco aumentado para AVE e infarto cerebral silencioso quando a velocidade está acima de 170 cm/s. Dos 14 artigos analisados, a amostra pediátrica com AF submetida ao DTC foi de 2854. Dessas crianças, 411 foram classificadas com velocidade de risco, e 179 delas evoluíram para AVE, demonstrando 43% de chance para ocorrência dessa morbidade. Essa avaliação permite selecionar quais serão os pacientes candidatos a receber transfusões sanguíneas de longo prazo, ou que se beneficiarão com o uso de hidroxiureia. Conclusão: o exame apresentado é um método de triagem que deve ser usado na identificação de pacientes que possam evoluir com alterações vasculares, permitindo uma atuação na prevenção dessas complicações.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128278364","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Eduarda Klockner, Gabriela Azevedo de Souza, Guilherme Doehl Knebel, Luisa Rigo Lise, Viriginia Tafas Da Nobrega
Introdução: Entre os anos de 2008 e 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou revisões sobre a classificação de neoplasias mieloides no livro WHO Classification of Tumors, que estabelece uma abordagem de achados moleculares, citogenéticos e morfológicos de diversas patologias. Essas revisões abordam mudanças recentes na perspectiva de diagnóstico e prognóstico de doenças hematológicas. A leucemia mieloide aguda (LMA), em específico, ocorre quando as células tronco mieloides sofrem alterações genéticas, formando blastos que não amadurecem e que se multiplicam descontroladamente. Objetivos: Analisar as diferenças entre as revisões de 2008 e 2016 a respeito da leucemia mieloide aguda, a fim de determinar o avanço científico apresentado nessa área. Materiais e métodos: Análise de comparação entre as revisões de classificação dos tumores da OMS de 2008 e 2016, com foco na leucemia mielóide aguda. Resultados: Entre as revisões de 2008 e de 2016, a OMS manteve foco em alterações citogenéticas e moleculares dos subgrupos da LMA. A classificação de alguns genes novos implicou em discussões sobre prognóstico. Antes considerava-se que a mutação em apenas um alelo do gene CEBPA já indicava melhor prognóstico, entretanto, agora apontam que somente há melhor prognóstico quando existem mutações nos dois alelos. Ademais, a classificação das LMA com mielodisplasia associada foi refinada, determinando que a presença de displasia de múltiplas linhagens não é suficiente para classificar como LMA com mielodisplasia associada, desde que presentes as mutações NPM1 ou bialélica em CEBPA. Não existia em 2008 e foi criada em 2016 uma categoria provisória para as LMA com alteração BCR-ABL1, para reconhecer casos que podem beneficiar-se da terapia com inibidores da tirosina quinase. De acordo com a revisão de 2016, dados preliminares sugerem que deleções em genes de receptores antigênicos (IGH, TCR), IKZF1 e/ou CDKN2A indicam diagnóstico de uma LMA nova, ao invés de uma LMC em crise blástica. Conclusão: Em decorrência do avanço na área de genética e biologia molecular, é possível observar que não existem mais questionamentos sobre morfologia e fenotipagem. Entramos na era da citogenética molecular e as classificações já demonstram essa mudança nos métodos diagnósticos, levando a redefinições diagnósticas, prognósticas e terapêuticas.
{"title":"MUDANÇAS NA CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS MIELÓIDE AGUDA ENTRE OS ANOS DE 2008 E 2016 PUBLICADAS PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE.","authors":"Eduarda Klockner, Gabriela Azevedo de Souza, Guilherme Doehl Knebel, Luisa Rigo Lise, Viriginia Tafas Da Nobrega","doi":"10.51161/hematoclil/106","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/106","url":null,"abstract":"Introdução: Entre os anos de 2008 e 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou revisões sobre a classificação de neoplasias mieloides no livro WHO Classification of Tumors, que estabelece uma abordagem de achados moleculares, citogenéticos e morfológicos de diversas patologias. Essas revisões abordam mudanças recentes na perspectiva de diagnóstico e prognóstico de doenças hematológicas. A leucemia mieloide aguda (LMA), em específico, ocorre quando as células tronco mieloides sofrem alterações genéticas, formando blastos que não amadurecem e que se multiplicam descontroladamente. Objetivos: Analisar as diferenças entre as revisões de 2008 e 2016 a respeito da leucemia mieloide aguda, a fim de determinar o avanço científico apresentado nessa área. Materiais e métodos: Análise de comparação entre as revisões de classificação dos tumores da OMS de 2008 e 2016, com foco na leucemia mielóide aguda. Resultados: Entre as revisões de 2008 e de 2016, a OMS manteve foco em alterações citogenéticas e moleculares dos subgrupos da LMA. A classificação de alguns genes novos implicou em discussões sobre prognóstico. Antes considerava-se que a mutação em apenas um alelo do gene CEBPA já indicava melhor prognóstico, entretanto, agora apontam que somente há melhor prognóstico quando existem mutações nos dois alelos. Ademais, a classificação das LMA com mielodisplasia associada foi refinada, determinando que a presença de displasia de múltiplas linhagens não é suficiente para classificar como LMA com mielodisplasia associada, desde que presentes as mutações NPM1 ou bialélica em CEBPA. Não existia em 2008 e foi criada em 2016 uma categoria provisória para as LMA com alteração BCR-ABL1, para reconhecer casos que podem beneficiar-se da terapia com inibidores da tirosina quinase. De acordo com a revisão de 2016, dados preliminares sugerem que deleções em genes de receptores antigênicos (IGH, TCR), IKZF1 e/ou CDKN2A indicam diagnóstico de uma LMA nova, ao invés de uma LMC em crise blástica. Conclusão: Em decorrência do avanço na área de genética e biologia molecular, é possível observar que não existem mais questionamentos sobre morfologia e fenotipagem. Entramos na era da citogenética molecular e as classificações já demonstram essa mudança nos métodos diagnósticos, levando a redefinições diagnósticas, prognósticas e terapêuticas.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116543710","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é definido como um produto biológico derivado do sangue após processos de centrifugação. Essa técnica teve início na década de 1970, no campo da hematologia nas transfusões de sangue, usado como tratamento e prevenção das hemorragias devido a trombocitopenia. Essa técnica tem como função obter a maior quantidade de plaquetas, sendo composta de substâncias biologicamente ativas com ação de reparação tecidual, ação cicatrizante. Objetivo: O objetivo desse trabalho e demonstram as técnicas para obtenção do PRP e sua composição. Material e métodos: Para a realização desse trabalho foi realizado uma revisão bibliográfica da literatura nacional no período de 2005 a 2020 (15 anos), utilizando como base de dados o google acadêmico e scielo. Resultado: A técnica para a produção do PRP necessita da coleta do sangue em tubos que tenha anticoagulante, como os tubos para hemogramas. Em seguida sera realizada a centrifugação imediata após coleta. Essa técnica permite concentrar o nível de plaquetas, quatro vezes acima da média presente no sangue total. O PRP é composto por plasmas, plaquetas, leucócitos conténdo vários fatores de crescimento na sua composição, que é liberado a partir dos α-grânulos presentes nas plaquetas, como os fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento transformante beta 1 (TGF-β1), fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento fibroblástico básico (bFGF), fator de crescimento epitelial (EGF) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Esses componentes estimula a reparação das lesões, possibilitando o rápido retorno à funcionalidade devido estimular a neovascularização, melhorando o suprimento sanguíneo com isso fornecendo os nutrientes necessários para a regeneração tecidual. Esse método é utilizado para tratamento de feridas em todas as espécies. Conclusão: Conclui-se que o PRP é benéfico para tratamento de lesões por estimular a produção de colágeno além de conter vários fatores de crescimento na sua composição estimulando a regeneração de celular e consequentemente a cicatrização tecidual precoce além de sua produção ser rápida, facil e eficaz.
{"title":"PLASMA RICO EM PLAQUETAS (PRP) E SEUS COMPONENTES. REVISÃO DE LITERATURA","authors":"T. L. Santos, Marinara Kort Cerávolo","doi":"10.51161/hematoclil/3","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/3","url":null,"abstract":"Introdução: O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é definido como um produto biológico derivado do sangue após processos de centrifugação. Essa técnica teve início na década de 1970, no campo da hematologia nas transfusões de sangue, usado como tratamento e prevenção das hemorragias devido a trombocitopenia. Essa técnica tem como função obter a maior quantidade de plaquetas, sendo composta de substâncias biologicamente ativas com ação de reparação tecidual, ação cicatrizante. Objetivo: O objetivo desse trabalho e demonstram as técnicas para obtenção do PRP e sua composição. Material e métodos: Para a realização desse trabalho foi realizado uma revisão bibliográfica da literatura nacional no período de 2005 a 2020 (15 anos), utilizando como base de dados o google acadêmico e scielo. Resultado: A técnica para a produção do PRP necessita da coleta do sangue em tubos que tenha anticoagulante, como os tubos para hemogramas. Em seguida sera realizada a centrifugação imediata após coleta. Essa técnica permite concentrar o nível de plaquetas, quatro vezes acima da média presente no sangue total. O PRP é composto por plasmas, plaquetas, leucócitos conténdo vários fatores de crescimento na sua composição, que é liberado a partir dos α-grânulos presentes nas plaquetas, como os fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento transformante beta 1 (TGF-β1), fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento fibroblástico básico (bFGF), fator de crescimento epitelial (EGF) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Esses componentes estimula a reparação das lesões, possibilitando o rápido retorno à funcionalidade devido estimular a neovascularização, melhorando o suprimento sanguíneo com isso fornecendo os nutrientes necessários para a regeneração tecidual. Esse método é utilizado para tratamento de feridas em todas as espécies. Conclusão: Conclui-se que o PRP é benéfico para tratamento de lesões por estimular a produção de colágeno além de conter vários fatores de crescimento na sua composição estimulando a regeneração de celular e consequentemente a cicatrização tecidual precoce além de sua produção ser rápida, facil e eficaz.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"108 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131650190","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sâmella Cotrim dos Reis, Amanda August De Oliveira, Ronis Medeiros Ferreira Junior, Hátila Marques Eterno Bernardo, Yana Martins Faria
Introdução: Atualmente, os avanços tecnológicos na área da saúde vêm possibilitando uma maior sobrevida dos pacientes, como é o caso do transplante de medula óssea (TMO). A forma como o procedimento é realizado pode acarretar uma agressividade pelos efeitos colaterais, como o comprometimento de múltiplos órgãos. Desse modo, as diferentes modalidades terapêuticas e o impacto da doença interferem diretamente na vida de crianças e de sua família. Objetivo: Descrever como é a experiência de crianças e adolescentes que passaram por TMO e como impactou na sua qualidade de vida. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos originais nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Os descritores foram Transplante de medula óssea, Qualidade de Vida e Tratamento. Os critérios de inclusão foram artigos nos idiomas inglês e português, publicados nos últimos cinco anos. Posteriormente, descartou-se estudos duplicados, não gratuitos e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: Dentre os estudos, foi analisado que o jovem passa por diversos desafios após o transplante, manifestando uma sequência de sequelas físicas, cognitivas, psíquicas e comportamentais. Foi apresentado que, quando questionados sobre sua autoimagem, eles sentem-se feios e diferentes, tal pensamento leva ao isolamento social. A falta de contato social, privando o paciente de contato emocional e independência pode prejudicar na formação da identidade do indivíduo. Desse modo, sentimentos de tristeza, desânimo e frustação podem prejudicar a autoconfiança e autonomia das crianças. Assim, o apoio familiar, desde o diagnóstico até a finalização do tratamento, faz-se importante da mesma forma que aparentar uma vida mais normal possível. O estudo apontou que a volta à escola é um ponto importante na volta do cotidiano normal, uma forma de abordagem que visa driblar a problemática do isolamento. Conclusões: Ao se tratar de um tratamento que busca prolongar a vida, a qualidade de vida também é importante. Nesse sentido, as adaptações no dia a dia da criança são necessárias para um dia normal, assim como o apoio familiar e dos amigos de forma constante.
简介:目前,健康领域的技术进步使患者的存活率提高,如骨髓移植(bct)。手术的进行方式可能会引起副作用,如多个器官的损害。因此,不同的治疗方法和疾病的影响直接影响儿童及其家庭的生活。目的:描述儿童和青少年的经历及其对他们生活质量的影响。方法:利用Biblioteca Virtual em saude和Scielo数据库中的原始文章进行文献检索。关键词为骨髓移植、生活质量和治疗。入选标准是过去5年发表的英语和葡萄牙语文章。随后,重复的、非免费的、不符合预期目标的研究被丢弃。结果:在研究中,我们分析了青少年在移植后经历了许多挑战,表现出一系列的身体、认知、心理和行为后遗症。据报道,当被问及他们的自我形象时,他们会感到厌恶和不同,这种想法会导致社会孤立。缺乏社会接触,剥夺了患者的情感接触和独立性,会损害个体身份的形成。因此,悲伤、沮丧和沮丧的感觉会损害孩子的自信和自主权。因此,家庭支持,从诊断到治疗结束,就像看起来更正常的生活一样重要。研究指出,重返学校是恢复正常生活的一个重要点,是一种旨在克服孤立问题的方法。结论:作为一种旨在延长生命的治疗方法,生活质量也很重要。从这个意义上说,对孩子日常生活的适应对于正常的一天是必要的,家庭和朋友的持续支持也是必要的。
{"title":"TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA EM CRIANÇAS: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Sâmella Cotrim dos Reis, Amanda August De Oliveira, Ronis Medeiros Ferreira Junior, Hátila Marques Eterno Bernardo, Yana Martins Faria","doi":"10.51161/hematoclil/126","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/126","url":null,"abstract":"Introdução: Atualmente, os avanços tecnológicos na área da saúde vêm possibilitando uma maior sobrevida dos pacientes, como é o caso do transplante de medula óssea (TMO). A forma como o procedimento é realizado pode acarretar uma agressividade pelos efeitos colaterais, como o comprometimento de múltiplos órgãos. Desse modo, as diferentes modalidades terapêuticas e o impacto da doença interferem diretamente na vida de crianças e de sua família. Objetivo: Descrever como é a experiência de crianças e adolescentes que passaram por TMO e como impactou na sua qualidade de vida. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica utilizando artigos originais nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Scielo. Os descritores foram Transplante de medula óssea, Qualidade de Vida e Tratamento. Os critérios de inclusão foram artigos nos idiomas inglês e português, publicados nos últimos cinco anos. Posteriormente, descartou-se estudos duplicados, não gratuitos e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: Dentre os estudos, foi analisado que o jovem passa por diversos desafios após o transplante, manifestando uma sequência de sequelas físicas, cognitivas, psíquicas e comportamentais. Foi apresentado que, quando questionados sobre sua autoimagem, eles sentem-se feios e diferentes, tal pensamento leva ao isolamento social. A falta de contato social, privando o paciente de contato emocional e independência pode prejudicar na formação da identidade do indivíduo. Desse modo, sentimentos de tristeza, desânimo e frustação podem prejudicar a autoconfiança e autonomia das crianças. Assim, o apoio familiar, desde o diagnóstico até a finalização do tratamento, faz-se importante da mesma forma que aparentar uma vida mais normal possível. O estudo apontou que a volta à escola é um ponto importante na volta do cotidiano normal, uma forma de abordagem que visa driblar a problemática do isolamento. Conclusões: Ao se tratar de um tratamento que busca prolongar a vida, a qualidade de vida também é importante. Nesse sentido, as adaptações no dia a dia da criança são necessárias para um dia normal, assim como o apoio familiar e dos amigos de forma constante.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130642165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}